segunda-feira, 8 de outubro de 2007

suspiros de um alucinado.

Abro asas.
Crio o mundo.
Eu faço de mim um pedaço de tudo.
Eu sou tudo no meio do nada.
Eu sou nada fingindo ser tudo.
De que me adianta ter o mundo aos meus pés
Se não tenho nem controle sobre mim mesmo?
Eu queria ser céu.
Queria ser mar.
Queria inundar.
Inundar o mundo.
Inundar a mim mesmo.
Me encher de tudo.
Me encher de peso.
Há muito peso sobre minhas costas.
Há muitas costas segurando pesos.
Mas as costas não reclamam.
Eu reclamo.
Não das costas nem do peso.
Reclamo mundo e de mim mesmo.

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