quinta-feira, 20 de junho de 2013

Avante

Há força em minha voz
e eu mal sabia.
Quando o grito bate forte,
o sino vibra,
ao badalar o muro do quintal.
E sobe em torres
por pastos vastos que antes consumiam o silêncio,
observando ao longe a luz das tochas,
e as vozes com furor colocando pingos nos is.

São os olhos de quem não aguenta ver,
sujos pelo pó da estante dos marajás.
Uma gargante seca de tanto engolir sapo,
travada com 1500 nós.

Chove um pingo a mais para transbordar.
Desperta a fúria,
faz muralhas desabarem.
E não há um que aceite fugir mais uma vez.
Depois de tanto tapa na cara,
de tanto apanhar de vara,
regressou a lucidez.

O vento é forte,
mantem firme nossa bandeira.
Uma batalha limitada por nossas próprias fronteiras.