quinta-feira, 26 de maio de 2011

Grr grr.

Olha, eu não tenho tido muito tempo
Ando no esquecimento
Ando pra lá e pra cá, menos aqui.

Eu senti saudades de tudo que vivi
Queria eu estar
Só sendo acabo por não viver.

Falta uma coisa pequena
Ou talvez que nem exista
Um afago seu.

Eu só quero que você se lembre de mim,
ainda que de longe.
Caminho no esquecimento.

O nosso silência já não é tão inocente
É melhor falar um pouco,
Antes que venham nos buscar.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Meu velho coração (i)móvel.

Pode ir... pode encerrar.
Minha barriga está cheia
e meus olhos também.

Minha meta é me tornar um bom.
Homem que sacrifica
Luz que ilumina.

Pena que eu não vou para lá agora...
Não... não agora.
Só depois que você se abrir.

Sem guia, minhas linhas ficam.
Tortas de maçã que você fazia.
Mentiras que ficariam para trás (se não fosse minha memória).

Transporte para mim o fogo.
Troque a cor do céu
Faça o que for preciso, mas garanta um sorriso que for.

Agora, adeus...
Refaço os meus planos...
É hora de partir.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Na parede da cozinha.

Há entre esses universos uma quantidade absurda de dúvidas e o nosso desapego se torna abrigo para os solitátios.
Estamos diante da revolta e toda essa bagunça é só o retrato falado de nossas almas.
Estou exatamente entre o céu e o lugar onde guardam as respostas.


Os meus diálogos ficarão do lado de fora e aquilo que desejas ficará esquecido por alguns segundos.
Existe o equilíbrio, mas eu me recuso a aceitar.

Pra mim, esse caos é muito mais bonito.

A partir disso, podemos, enfim, concluir:
Os pontos em comum não passam de detalhes. O nosso futuro se concentra no erro e na merda.

sábado, 14 de maio de 2011

Páginas? Há mais.

É só um adendo entre todas essas nossas conversas fiadas: é infinito sim, mas é humano.
Havia uma palmeira no alto de um grande morro e eu ordenei que esse meu criado fosse caminhando até lá. Era evidente, porém, que ele não aguentaria. Ainda assim, sentei em minha cadeira de balanço e fiquei a esperar.
Enquanto os passos eram trocados por gotas de suor, eu ia pensando sobre os mistérios que haviam entre nós dois.
Roteiros rasgados, diálagos censurados.

Aumenta o tempo de abertura da lente, deixa a sensibilidade comer solta pra ver se nesse curto período de tempo onde a luz consegue iluminar as entrelinhas, a gente consiga junto com ela dizer os motivos dessa jornada...
Eu tô do lado oposto, sentado entre cães e gatos que não querem saber muito sobre o futuro.

Mas ainda que fosse dono de mim e que controlasse todo esse fluxo inconstante, não mudaria um letra sequer.



Afinal de contas... é só uma história.
A de nossas vidas, mas é só uma história.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Meio tom abaixo.

Peço que espere mais um pouco enquanto eu deixo um aviso a quem quer que passe. Quero deixar claro que essa escuridão toda é só uma fase pela qual todos nós, um dia ou outro, acabamos passando. A gente não tem mais tempo para descanso... o tempo não se cansa.
O piscar de olhos se torna mais raro e enquanto os homens discutem sobre o mundo, a gente só quer provar para nós mesmos que a nossa verdade é a que realmente vale.
A nossa dança está prestes a alcançar seu ponto mais alto e temos que unir nossas mãos com toda força do mundo para que não nos separemos em meio a esse universo de possibilidades.
Não espero tirar muito proveito do pouco que sei, mas acredito que ele garantirá os nossos próximos passos. E nesses giros todos em torno de nossa ideologia, eu perdi as rédeas e acabei topando com a tranquilidade.
É hora de abrir nossas janelas e deixar a vida circular. É tempo para repensar no melhor para nós dois. Ouvir as músicas de ontem, os acordes de hoje e as letras que escreveremos.
Então o meu relógio tocou logo pela manhã e eu abri meus olhos cansados. Sorri, eu admito.
Esse mundo de sonho me deixa meio grogue.
Me empresta esse violão aí que eu canto o nosso amor.