domingo, 16 de dezembro de 2007

Inércia.

Andei tanto que minhas pernas se moviam sozinho. Sem destino, eu continuava caminhando por caminhos que eu desconhecia até então. A luz que me guiava era fraca naquela noite. A lua estava encoberta por nuvens que a impediam de brilhar. E eu seguia... seguia andando. Só meu corpo estava ali. Meus pensamentos estavam tão destantes que eu nem os encontrava mais.
Eis que surge então o primeiro raio de sol. Tão forte que cegou meus olhos e me despertou. E eu, quando acordei, me perguntei onde estava. Meu corpo estava frágil e, naquele momento, só pensava em voltar pra casa.

sábado, 15 de dezembro de 2007

Aspirina.

Puft. Um tombo, um paço, um risco. As pernas bambas e a visão turva. O caminho se move sob meus pés e meus pés não são tão fortes quanto antes. E eu queria fugir... correr sem destino e andar sem rumo. Mas o caminho me deixa confuso sobre questões que outrora eu sabia a resposta. Agora, mesmo sabendo o que devo enxengar, me sinto cego perante a tantas dúvidas. Um anjo um dia me disse que eu era capaz de mover o mundo. Mas o mundo se move de maneira louca e aleatória. Quem sou eu para mudar algo tão incoerente? Prefiro criar o meu mundo. Esquecer o conceito de que tudo se transforma e modular de forma única um mundo também único. Sob/Sobre pressão ou não, a forma como as coisas acontecem me atordoa. Então, por que não deixar elas acontecerem com um analgésico sempre em mãos?

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Passos.

Sou eu de novo querendo me expor. Tentando dizer o que sinto, o que penso, o que nada. Mas e agora? Pr'onde vou o sol é muito forte e o vento é infinito. Meu corpo se enche de luz e os pensamentos são tantos que eu me confundo. As nuvens num céu quase invisível e um céu cru dentro de uma alma livre. Os passos são como areia. Finos e em grande quantidade. E a areia não é mais a mesma. O mar mudor e mudou a areia também.
E enquanto eu ando em passos de areia, sob um céu invisível, embreagado com meu pensamentos, eu percebo o quão pequeno eu sou. E se outrora eu me achava grande, hoje acho que sumi.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Mimimi

E durante um bom período eu não sabia o que escrever. Nem o que, nem como. Nem como, nem quando. Nem quando, nem nada.
Era como se houvesse algo tapando a minha fábrica de palavras. E agora, mesmo com esse tampão ainda me impedindo de escrever, eu me esforço para tentar escrever algo.
Estou em um período de espera, mas o término desse período é amanhã e isso me deixa profundamente feliz.
Meus pensamentos estão em um único lugar. Longe.
Amanhã esse longe ficará tão perto que nem sei.