segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Não sou uma pessoa de muitas palavras. Ou talvez eu seja.
Já sei. Não sou uma pessoa que diz muitas palavras, prefiro escrevê-las.
Talvez, em alguns momentos que nem eu compreenda, de minha boca saiam palavras demais. E, um segundo após isso, me deparo com a triste e fracassada consequência de meu ato impensado.
Sou completamente errado em tudo que faço. Um completo fiasco.
Ainda assim tento me manter atento. Sei muito bem que em algum momento outro erro irá surgir. É batata!
Além disso, tenho algo mais a dizer sobre mim: eu sonho muito. As vezes sonho tanto que passo a acreditar que tal sonho é de fato minha vida. Uma completa ilusão. Quero ter em mim tudo e jamais perder nada. Sou errado em tudo.
Em contrapartida, pareço um bom homem. Luto pelo que eu quero. Luto por aquilo que eu mesmo fiz partir.
Desastrosamente, me vejo sob uma cortina de fumaça, onde não vejo nem meus próprios olhos. Quando todo isso se esvai, me vejo derrotado e a um passo do fim.
Estou onde estou justamente por tudo isso.
A verdade é que isso que eu escrevo são palavras para tentar confordar meu ego ferido. Ninguém realmente lê esses textos vagos. Por que leriam esse?
Antes escrevia sob outras perspectivas. Sobre outros eus, talvez. Mas percebo, enfim, que é sobre mim mesmo que se escondem os fatos.
Perdoem pelas idéias não conectadas e pelos erros gramaticais e de concordância.
Sou apenas eu, tentando me enganar. Tentando fugir de realidades jamais vistas por mim. Ou talvez ignoradas.
Para concluir:
Acho que após uma vida de erros, me encontro agora num beco sem saída. Me tiram o ar. Não que eu não mereça isso, pelo contrário, concordo plenamente que fiz por merecer. Só não sabia que doeria tanto.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Enfim, a noite vem
Sem fim, pra me entristecer
Todo dia não é mais dia.
Nos confins, tento ver
Em mim, só há no que crer
Todo dia não é mais dia.
Bom dia, aqui é noite
Quem cria também destrói
Todo dia não é mais dia.
Assim, como um dia que insiste em desaparecer
Assim, como um homem que não desiste de crer
E assim como um dia não é mais dia, sou apenas sonho.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Do meu amor, tirei um terço
e aí rezei
pra tudo melhorar.
Do meu amor, tirei a margem
e entortando-a
fiz uma flor.
Do meu amor, tirei o quinto
paguei impostos
pra te ver sorrir.
Do meu amor, tirei tudo e o que não havia
e te ofereci
te dei o que sou.
Rezando, com flores, doando e, enfim, entregando.
Não há mais eu, só espera...
do meu amor.

domingo, 22 de novembro de 2009

Acho que perdi meu espírito revolucionário.
Além disso, tenho perdido muitas coisas.
Uma delas é essencial.
Entretanto, não venho me prendendo em justificativas, em motivos que faltam com a verdade.
Prefiro aceitar meus erros e, enfim (antes tarde do que nunca), mudar.
O fato de não ser mais revolucionário talvez tenha me ajudado.
Finalmente, cansei de tentar mudar o mundo. Mudarei antes a mim mesmo.