terça-feira, 18 de agosto de 2009

Tu, guri!

Tentei sair de mim. Acho que consegui.
Minha intenção era me ver. Ver como os outros me veem.
Apesar de achar que eu consegui, foi em vão. Não adianta.
O que eu penso sobre mim mesmo, mesmo de fora, não vale.
Alguém, no passado disse: "O homem é bom, a sociedade o corrompe.". Não lembro quem foi, mas é sábio.
Todos os julgamentos feitos sobre mim serão sempre mais válidos do que o que eu penso a respeito de mim mesmo. Pena que ninguém sabe realmente como sou. E tudo que disserem a meu respeito nunca estará certo. E mais triste ainda é pensar que, em sua maioria, os julgamentos são todos errados.
O importante é que, de um jeito ou de outro, isso não importa.
Nada importa.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Hoje

Tudo, enfim, pode mudar.
Objetivos, acontecimentos. Até o passado. Ou talvez não.
Mas a vida, essa sim pode continuar. Pelo menos continuar.
Viver nessa labuta.
As recompensas virão. Mas não viva esperando-as.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Quem

Oh, grandes males esses que me assolam.
Tristes dores e melancólicas. Sei que não basta entristecer-me.
Lutar seria portanto a saída?
Viver apenas e esperar. O tempo virá.
Se outrora tais palavras partiam de um eu-lírico um tanto quanto triste, hoje já não sei quem escreve.
Não importa realmente. Ou talvez importe e muito.
Parte de mim afundar em imensa agonia não impede que outra grite de alegria.
Ser não é uno... é divísivel. Tal como ainda é possível dividir o que chamamos de elementar.
Quem sou são vários.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Vazio.
Uma sala escura. Infinita.
Sem mãos para me agarrar, sem vozes para ouvir.
Só o silêncio. Frio.
Forças? Nenhuma.
É vida. Triste vida.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Sereno

Ah, felicidade.
Até mesmo eu, pobre transuinte de vielas vejo brotar por entre pedras singelos feixes de felicidade.
Só me resta agora, como parte de natureza minha, tornar esse viés real e finalmente meu.
Destas tantas dores que me assolam, retiro o pouco de mel que resta, pois quero partir para esse mundo vago e de vácuos.
Ah, felicidade. Sentimento uno e só (mesmo que para muitos ele venha acompanhado).
E o sereno já cai sobre meus cabelos falhos e dessa cisma não largo. Felicidade agora, minha e somente minha. Transformar-te-ei, singelo feixe, em imensa alegria.