Pequena, preta e só. Era isso o que se podia falar ao vê-la. Ninguém sabia ao certo o que se encontrava dentro dela. Uns diziam ser o céu. Outros o mar.
Eu acreditava que dentro dela estava a essência do amor. O amor puro e verdadeiro. Aquele que não existia mais no mundo.
Todos tinham medo de tocá-la. Tinham medo que lá dentro houvesse alguma maldição, por isso não a abriam.
Um dia, numa bela noite, acho que eu estava um pouco fora de mim. Eu a abri.
Hoje não sou mais o mesmo. O que tinha dentro lá dentro me tornou mais feliz. Mas eu não peguei para mim o que estava dentro dela. Eu dei a alguém. Para ser mais específico, dei a uma menina que estava muito triste. Acho que ela ficou bastante feliz com meu presente.
É, eu estava certo sobre o que tinha dentro da caixa.
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