Vou contar hoje uma história incomun.
Era uma vez, um grilo chamado José. Todos riam do José por ele ter nome de gente em vez de nome de grilo. José não ligava para o que os outros falavam. Ele só queria fazer sua música. Seu cri-cri-cri constante.
Numa bela manhã, José saltitava entre a grama verde quando ouviu um som encantador. O som penetrou por seus ouvidos (se é que grilo tem ouvido) e o dominou. No mesmo instante, José saiu em disparada, saltitando como um louco em direção ao som.
Ao chegar lá, viu através de uma janela, uma menina sentada a um piano tocando uma bela canção. José se apaixounou pela música e pela menina também. Valentina era o nome dela.
A partir desse dia, todo dia de manhã José se aproximava da janela para ouvir Valentina tocar. Valentina tocava a mesma música toda manhã e ainda assim, José não se cansava de ouví-la. E assim continuou até o fim de sua vida.
Dizem que no dia da morte de José, Valentina parou de tocar. A partir daí, o silêncio dominou aquelas belas manhãs.
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