terça-feira, 27 de novembro de 2012

Não estou sóbrio

De quanto em quanto tempo você volta?
Vem brevemente me buscar
só pra dizer adeus.
Eu quero tanto quanto antes, mesmo tempo,
horas avante
e me nego a te dizer que o fim chegou.

Tremores que assolam sujam ruas com furor,
derrubando da estante tanta coisa
que já nem sei mais pra onde eu vou.
É o pó que me faz tossir
seu perfume a atacar o meu nariz.

Eu prefiro, agora,
me esquecer.
Prefiro que você toque o barco rumo à costa.
Não quero saber do seu relógio,
do cerrar dos punhos,
de respostas.
Quero deixar que seja treze vezes pior pra mim.

E atravessando fantasmagoricamente essa parede,
me despeço dos seis ou sete sentidos,
chuto o balde, viro a mesa.

Tomei mais do que uns goles, antes que eu me esqueça.

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