Quero lhe falar de minha saudade
que arde a cada passo rumo ao Norte.
Dou-me mal com meu passado
por não poder fazê-lo presente
quando só quero resgatá-lo.
Lhe digo que minha dor se dá por eu não ter a chance...
a chance de fazer o que quero,
de dividir contigo o fardo que carrego
nesse mundo onde todos me olham sem me ver.
Conto horas, faltam poucas,
40 e tantas,
não sou bom das contas...
Mas peço que me espere por mais um pouco.
Não te levo uma coroa de ouro,
mas meu amor que nunca se perdeu.
E nesse andar que por vezes achei fadado ao fim,
ouço os sulistas cantarem que ainda se recordam de mim
e minha esperança brota de chão infértil.
E mesmo com o dia um pouco longe,
minha mala se encontra pronta,
encostada na varanda,
esperando que a pegue e, então, ande.
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