quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Jack, Sally e um cara qualquer

Eu vejo o novo caminhando longe
e digo adeus ao mal que já passou.
É como ver de novo o mundo,
do zero,
do fundo...
É como recriar sem dor.
Minha escolha não é minha.
Compartilho com o vento e o tempo.
Com o sorriso que surge lento
e com as lágrimas que me lavaram.

Entendo que é de fases que eu vivo
e findo essa pra nunca mais voltar.
Passou da hora de eu ir embora,
passaram carros, ônibus e naves
e eu me negava a embarcar.

Subo em meus próprios pés agora
e, antes de ir embora,
tranco as portas que há para trancar.
Pois sei que ao longe me espera aberta
quatro portas,
três janelas,
doze abraços com o calor certo para me esquentar.

Virando as páginas,
o livro grita:
"Pain or love or danger makes you real again."
Troco a dor e o perigo
por um amor sereno e tranquilo
que sei que guardam por aí também.

Volto pra pensar na vida
e afirmo que minha ida
durará enquanto haja o bem.

Um comentário:

Atner disse...

E quando a gente sabe que o caminho é nosso e de mais ninguém, só quem o faz sabe da verdade que é ser você mesmo. Fácil ou difícil. Bem vindo de volta!