e o velho nó de sua garganta ainda arranhava o céu.
Pensou em dar um volta por aí,
se levar pra passear,
tentar enxergar o que tanto lhe faltava.
Quando amanheceu e o galo cantou,
removeu os rótulos pra não saber o que tomou
e deixou a vista escurecer.
Acordou vendo os coelhos que saltavam,
correndo atrás do relógio macabro que tiquetaqueava incessantemente.
Não relutou e levantou, ainda bambo,
com um sotaque que lembrava um mexicano
que só queria uns tacos pra se alimentar.
Olha só...
Alucinante mundo que lembra a realidade torta.
A metade da vida em que se escolhe a porta
e atravessa pra nunca mais voltar.
Aí preparou o salto mortal, valendo o ouro ou a vaga na final,
e se despediu de qualquer coisa que foi ou teve.
Disse que voltava um dia, somente pra te lembrar
que quando o nó desdá,
é porque não é mais pra amarrar.
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