quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Não me importo com a nuvens

Conta pra mim teu sonho,
abrindo a janela pela manhã.
Deixa que a mesa eu ponho,
quero te ouvir um pouco,
enquanto pico as maçãs.
Naquele tempo em que eu era moço,
quando a gente se iludia
e pensava que era o fim...
Veio o novo,
cabisbaixo, pouco risonho,
nos lembrando que história de livreto
não termina assim.
A gente senta,
enquanto o leite esquenta,
julgamento que se foi.
De nosso passado sofrido,
apagamos o triste que tínhamos vivido
e deixamos o pouco que sobrou.
Em cima disso,
contruí um lar,
te chamei pra perto,
um chalé coberto
e você veio morar.
Agora o dia todo passa,
o sol se esconde lentamente enquanto você me abraça
e eu só desejo que o tempo passe devagar.