Tento definir o tom,
não que seja lá meu dom,
mas vai que eu decifro o mistério além.
Tique-taqueando, sigo devagar.
Nada de correr,
ou me afobar.
Afogo-me nesse café com pão.
Amanheço pra fazer de toda essa canção
espaço pra eu me alegrar.
Todo dia ela passa pra me avisar
que o horário do ônibus mudou
e pede pra eu tomar cuidado pra não me atrasar.
Diz que o sereno dessa noite vai me resfriar
e que nesse tempo maluco,
é melhor eu me agasalhar.
No fim me pego rindo de todo esse blá blá blá.
Percebo que tempo é relógio que pode me resfriar.
E que de noite, quando sereno cai
O vidro embaça,
eu sento na praça
e vejo o tempo passar.
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