Puxei fios de recordações desse pequeno baú chamado memória. Costurei essa saudade junto aos botões de minha camisa.
Carrego a lembrança.
Colados nas solas desse sapato velho estão o suor e as lágrimas dessa dura labuta. Meus olhos ardem por não ter motivos para chorar.
E eu que pensei ser feliz por não sofrer acabei descobrindo que era minha dor que me dava motivos para escrever.
Se meus passos se distorcem, se minhas mãos tremem e se meus olhos ardem é porque falta a clássica dor de amar.
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