sábado, 27 de fevereiro de 2010

Prenda-me, oh.

Trancado no meu cárcere privado.
Aqui mesmo que prefiro ficar.
Distante de esperanças falsas.
Perto de mim.
Destrancaram meus cadeados.
Desamarraram minhas mãos e braços.
Podia eu, agora, deixar de me prender.
Mas não quis.
Entre essas paredes sei onde posso ir.
Conheço cada canto de minha memória.
Cada vazio de meu coração.
Mais que isso? Excesso.
Voltarei agora para minha cela.
Quando me for, abra a porta, entre, acenda a luz e leia tudo.
Deixo nas paredes os meus altos e baixos, amores e desapegos.
Entenderá mais de mim. Ou quem sabe, menos.

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