Abro um espaço da janela,
onde agora entra um fio de sol,
iluminando o rosto dela.
Transcendendo os limites que imagina,
corre em seus sonhos por caminhos
tão distantes da esquina.
É aí que você se vê de longe,
onde entende o horizonte,
conversa com monges,
onde o enigma se esconde
e lembra que o passo que dará a leva além.
Um mundo onde cores formam algo que ninguém crê.
Vê, lê, não sabe o porquê.
Discute, ilude,
dilemas ou meros clichês.
Seu domínio se expande,
e por mais que ande,
troféu não vê.
A batalha é árdua e se levanta ao nascer do sol.
Recolhe as âncoras
e navega a sessenta nós.
De nós não sabemos mais.
Divergiu quando um dos dois piscou,
e não sorrio.
Se viu taxado ao fracasso,
deitado em seu leito,
tão farto de espaço.
E ao fechar a fresta que iluminava,
zerou o relógio,
subiu no pódio,
findou o imbróglio
e nunca mais se levantou.
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