É sempre cinza o dia,
sem o branco de tua pele.
Me levanto e levo horas pra entender.
Hoje, quando penso,
dói no peito a saudade,
ouço baixo suas verdades,
sua voz a me guiar.
O vermelho de seus fios,
macios a me confortar.
Num colo onde esquento meus ouvidos,
acaricio meus princípios,
onde não me canso de descansar.
A lembrança de seu cheiro,
sua voz no corredor a me gritar,
transitam em minha mente,
memória recorrente,
impossível de apagar.
Quero lhe lembrar que é passageira a saudade,
pois o tempo é covarde
e não temo em encarar.
Chuto as horas para longe,
a distância logo se esconde
pra eu poder me aproximar.
Abre os braços, doce vida,
prepara minha acolhida,
dois em um, assim será.
Divide o peito pelo meio,
divide as dores, amores e anseios,
divide a cama, escova e o chá.
Amo porque é simples,
porque é tudo aquilo que não dá pra explicar.
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