Estranhamente, o afastamento do próprio céu nos trouxe um pouco mais de luz. O lado negro, o vácuo e a incerteza do nada foram levados embora pela força de seu magnetismo.
Na pergunta que valia um milhão, respondi apenas sim. Era o diálogo insensato entre alguém que não queria o fim e o próprio ponto final. Desculpe pela falha.
Mas quando o tempo se esvai por entre dedos entrelaçados e paredes vão abaixo com um simples toque, quer dizer que é chegada a hora de parar.
Foi aí que olhei por todos lados. Da base de meus pés cansados, ao teto escuro que cobria meu penar. E nessa visão, pude rever meus atos e alguns dos fatos inenarráveis que tanto quis te contar.
O que quero dizer, por fim, é que todo esse enigma ou dilema ou bagunça ou o quer que seja, é só um detalhe. O mergulho final, tal qual âncora pra se segurar, é o que importa.
Dizer adeus aos céus, véus, a esse mausoléu...
Dizer que ainda há espaço pra sonhar.
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