sábado, 25 de agosto de 2012

Tem coisa que não muda

Perder a conta dos dias é algo normal?
Me levantei, e brevemente pensei em ti.
Só sei que pouco sei agora
e que me machuco por mudar,
adoeço por amar
essa história que não terá fim.
Bem que poderia uma hora o tempo passar.
Correr no céu o segundo,
seguindo direção que ninguém quer.
Transformar rascunho em livro,
botar no papel com capas,
vender pra aquela mulher.
Ah, aquela mulher surgia feito vento,
abrindo o peito sem temor.
Dizia-me que conhecia o mar,
amava as ondas,
mas queria outra coisa para amar.
Ofereci, de ímpeto, um lugar.
Uma casa mobilhada,
uma bela sala de jantar.
Varandas abertas para o campo verde,
flores no jardim para regar.
Uma dúzia de memórias boas,
meu coração por inteiro
e o que ainda sobrava do meu pensar.
Sei que ainda espero resposta,
ouço, por vezes, meu telefone tocar.
Corro pela sala vazia de sentimento,
procuro loucamente um lugar pra depositar o meu lamento
e só encontro mais espaço pra te amar.

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