quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Seiva.

Me lembro apenas que era véspera
Um dia antes do futuro todo
Minha cabeça foi rolando morro abaixo
E você falando do sufoco.

Eu queria ser malandro, pular o muro
Dar a volta ao mundo.
Rir da piada do português, falar um idioma novo, tipo francês
Mas resolvi ficar.

Quem me chamou foi você
E mesmo sem implorar, eu disse sim, sem titubear
Compramos uma caixa de Brahma no cartão
A fatura vem depois, deixa o agora assim, tranquilo, esquece a tal da razão.

E nessa rede, balançando tranquilamente
Sentindo o vento refrescar
A gente planejou a festa, ligamos pra vovó e avisamos:
- Vamos nos casar!

Quanta gente feliz, andando de lá pra cá, cantando acolá
Eu, de terno e gravata, enforcado, sufocado, e todos ados que tinham que vir
Você, linda, linda, linda
Deu medo, mas fiquei em pé, um pouco tonto ainda.
E nessa hora me lembrei do dia
Aquele que você falou pra eu ficar
Eu disse sim e hoje vejo que a gente tinha era muita história pra contar.