sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Vorta, mula!

Houve uma grande discussão e um barulho ensurdecedor.
Durante o dia andamos um pouco, tranquilamente, para ver o que sobrou.
Era verão e o tempo tinha tudo para sorrir
Enquanto a onda invadiu e a gente ficou sentado, à beira do abismo, olhando o sol de pôr.
Tive medo de que tudo mudasse.
Tive aquela dor que você disse que viria.
Fiz meus planos e tudo mais que tinha para arrumar...
Dos quilômetros que voei, alguns muitos foram tirados para pensar.
Quanta coisa há por aqui, quanta coisa há pra mudar.
Eu só queria um novo dia, mais um pouco de amigos, uma vaga do seu lado.
Um supapo na orelha, quatro colheres de chá.

Olha só onde eu vim parar... do lado de alguns que nunca vi e outros que já vi mudar.
E quando eu tive medo e vi o tempo parar, alguém me cutucou e disse que logo logo iria melhorar.

Tô aqui fazendo escolha,
Dando nome as coisas,
Descobrindo um mundo,
Olhando o lado que nunca vi.

Quem sabe tudo se firme
e eu, então, fique pra cá.
Filosofando sobre o nada
Comendo meu vatapá.

Um comentário:

Anônimo disse...

Adorei a quebra de expectativa e o desenrolar geral desse texto-poema, gosto do estilo e das palavras... Medidas certas, doses homeopáticas, sorriso dobrado.

:))