quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Vida às secas.

Era o momento para abrir os olhos
Tentei te enquadrar, você não deixou
Vi o desfoque, era um soco no peito
Você partia e eu sentia não haver mais jeito.
Quem me dera ter os laços que tinha antes
Quem me dera que houvesse mãos amigas pra me aguardar
Agora que sou só eu, fico a perguntar:
Até que ponto vou? (Se é que vou parar)

Como um arremesso certeiro derrubei os pinos e parti pro abraço
Levando só alguns amigos, poucos convidados
Pouco comida, muita bebida
A busca pelo esquecimento, felicidade clandestina.

E no meu rádio tocava já um rock and roll falando da menina que um dia ele amou.
Pobre coração partido, doía feito ralado no asfalto...
Me segurei firme e respirei, como falava a canção.
Olhei ao redor e tudo estava mudado.
Era tudo que tinha, então deixei estar.
O sol batia no vidro mançhado, me cegando.
Cerrei os olhos, senti o vento e fui-me embora...
Já passava das seis.

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