Essa paisagem que corre diante de meus olhos se parece mais com os quadros que pendurou em mim. Se parecem com os retratos-falados de meus antepassados. Se parecem com ninguém.
Estranho é que nem mesmo as escrituras que havia deixado são capazes de trocar em miúdos essa longa sequência de desventuras pelas quais venho passando. No final das contas, acaba sendo mesmo um história em quadrinhos onde os balões ficam sempre em branco.
Não tenho nenhum retrato, nenhum relato, nenhum fiapo de manga. Acabou o sono, os sonhos e até mesmo a esperança.
Sorte que veio você...
Ah... sorte.
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