terça-feira, 20 de novembro de 2007

Tristes palavras de um jovem triste.

E mais um dia chega ao fim, pelo menos para mim. Muitos têm trocado as horas e mudado o tempo, mas eu prefiro continuar assim: estático. Enquanto eu me preparo para dormir, a grande maioria está lá fora, fazendo coisas que eu morro de vontade de fazer, mas tenho medo. Medo de perder o auto-controle, medo de me perder.
Meus sonhos são tristes. Neles, pessoas morrem, os vilões vencem e a princesa nunca é resgatada. Todos os príncipes encantados se corrompem e todos os homens de bem, não são do bem. Na verdade, nos meus sonhos, não há homens de bem.
Acredito ser por isso que eu tenho medo de sair. Tenho medo de que a vida lá fora seja tal como meus sonhos. O que vejo pela televisão acredito ser algo como uma introdução de todo o mal incluso no mundo. E a partir dessa idéia que eu criei em minha mente, evito ao máximo o contato com o mundo de fora.
Acho também que se eu vivesse lá fora, eu não conseguiria ser um homem de bem. Me falta algo. Eles chamam esse algo de fibra, ética, de moral e o diabo-à-quatro. Essas virtudes, se é que podemos chamá-las assim, não se extinguiram. Elas apenas estão ocultas perante todo o mal que nos rodeia.
É triste ler palavras de alguém triste, mas apesar de tudo, eu não estou mentindo. Mesmo que tudo o que eu diga pareça clichê, melancólico ou algo assim, não passa de verdade.
Esse é o mundo em que vocês vivem, meus amigos. Um mundo onde quem não é mal, está a um passo de se tornar o pior de todos.

Um comentário:

Leo disse...

Caralho!
Lucas é um dos meus escritores favoritos...
Só espero que o escritor esteja mais feliz que o eu-lírico.