Estava andando loucamente, freneticamente e praticamente, me vi sem saber pra onde ir. Esses dias de luta têm me tornado um forte canditado à presidência do Clube Nacional dos Mortos Vivos (CNMV).
É que, sabe... tem dias que nem mesmo nós sabemos o que fazer. E esses dias tem vindo a rodo.
Traçar rotas pro futuro fica praticamente inviável quando não se tem um presente para viver.
Aí você atualiza a página, digita umas poucas palavras no bloco de notas, joga uma partida de campo minado e continua nessa lenga lenga que nunca acaba.
Você troca de música, troca de roupa, troca de bebida e continua sendo aquele mesmo que começou a escrever esses devaneios.
Alguém te liga e te tira o ar, alguém desliga e você fica a esperar. Você abre as páginas de um novo livro e o engole. No final, nem lembra o que leu.
Falo dessa vida que levo. Desses fardos que carrego e dessa ausência de adrenalina.
Já não tem o torcedor, a caixa d'água é maior rolê e só se encontra pra cima de 50. Você, sem um tustão furado, querendo somente atravessar o riozinho e sentar em meio a mata para ver o vento passar, se sente preso porque faltam saídas.
A solução pro nosso povo eu vou dar: Fim da linha.
Resta a nós ir até o bar no Negão e comprar um carretel do vermelho e, com um nó de escoteiro daqueles bem feitinho, fazer aquele remendo para tentar dar continuidade a essa história.
Isso é tudo, pessoal.