quinta-feira, 4 de novembro de 2010

24/8

Oito dias por semana.
Me pergunto se seria o bastante.
Bom... ofereço o meu melhor, dou-te o que posso e que não posso e em troca, não espero nada.
Faz-me bem só de viver.
E se tem como explicar, é porque é frágil e falso demais.
Sabe-se, porém, que é totalmente verdadeiro quando as palavras faltam e é de seus olhos que saem a explicação mais básica.
Sim... falo do meu amor.
E é ele que entrego dia após dia. É ele quem me faz sorrir e até chorar, pois se não há lágrimas e dor, não há superação e assim ficaríamos presos no espaço/tempo e nada se transformaria.
Digo isso porque me transformei por causa de seu sorriso e do abrigo que me cedeu.
Me transformei pela esperança que me apresentou e por todas as broncas que me deu.
E é agora, distante de seu amor, que me vejo em terceira pessoa.
Olho para meu rosto fraco, paro e reparo que o que me falta é justamente você.
Mas se o céu insiste em me dizer que é assim, não vou irei contrariar.
Ouço nesses oito dias semanais um anjo me dizer ao pé do ouvido: "Calma".
Calma eu hei de ter. E enquanto me acalmo, fico por aqui.
Sentado à sombra da árvore que plantou pra mim, observando seus passos e te amando de longe.
Pois é amor, mesmo sem toque. É amor mesmo sem presença.
É amor porque é amor.

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