quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Triste

Superficialmente, a vida parece mesmo uma festa. Triste é que de perto, tudo é confuso demais. Me perguntaram por que eu sou assim, triste, mas não sei se realmente sou. Aquele velho homem que não sabia nem seu nome direito devia estar certo quando dizia: "Meu filho, tudo isso é uma grande bobagem. Viver, escrever, soletrar... tudo, mas tudo mesmo, meu filho, não passa de uma grande farça.". Quem o via, tinha medo. Ali na esquina, com sua grande barba branca, porém muito suja, e com um saco de lixo em suas costas. Tal qual uma versão atual de Papai Noel. Uma criança diria que o presente que ele tráz é pior do que o que o outro bom velhinho trazia. Eu já não acho. Sabedoria é essencial. Essencial tal como o ar que respiramos ou como o amor que devemos sentir.
Suspiramos forte, abaixamos nossas cabeças pra tentar não enxergar o mundo em que vivemos. Não sou triste mesmo. Pelo menos não como vocês. Ao contrário de vocês, prefiro contar sentimentos verdadeiros, do que viver de mentiras. Enganam a si mesmos, como se isso fosse viver.
O velho homem por fim dizia: "Chega a ser engraçado, meu filho. Enquanto todos passam por mim, com suas vidas medíocres, olhando com desprezo e até com nojo, eu me pego pensando: quem é o pobre homem desse mundo? Eu, que não tenho onde cair morto, ou eles que estão mortos e acham que estão vivendo?".

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